Meses passados, uma vida inteira de pernas para o ar, as ideias confundidas e depois apanhadas para se porem em prática. E quando se pára, olha em redor e sente os últimos radiares quentes do Sol do ano, ouve-se o vazio. As paredes coloridas não têm o mesmo encanto, as sombras ao anoitecer são apenas isso, nada mais de mágico ou desafiador da imaginação. Apenas sombras, que chegam, como o frio de um Outono que teimou em se impor. São tantas as perguntas com apenas uma resposta, dura, pesada, triste, imensamente saudosa... para o bem do que há-de vir. Mas nada mais do que isso. Porque nunca mais portuguesa das palavras fez tanto sentido. Saudade.
Uma espécie de nada
Apenas, porque sim.
22 de outubro de 2011
1 de março de 2011
Assim como assim...
Há dias e lembranças que vêm como hão-de ir, assim de repente, sem sequer se notar bem que estão por perto ou que é o tempo de sairem de cena. Há momentos desses, alturas em que se sente a falta daquele quê de pouca coisa ou quase nada, um qual sorver de vida que nos dava uma alegria imensa pelo simples facto de estar ali, ou de estarmos nós por perto para o apreciar. E depois há segundos transformados em horas de vazio, pontuado por acordes aqui e acolá, uma espécie de sons de músicas emergindo de um dentro de nós sem lugar certo, porém bastantes para tudo o resto valer a pena. Ah, valer a pena... Essa quase natural sensação de plenitude, até quando as páginas se viram sem querer, sei lá bem onde pára... algum nenhures perto de nada na fronteira de coisa alguma? Talvez, afinal é o que mais sinto no pensamento das gentes novas que sou e que vejo: um grande ponto de interrogação, desejos, anseios e... olhos postos noutro lugar. Que não este. Pena. Mas não é este.
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