23 de janeiro de 2009

"E"s no princípio e voltam as frases

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Em homenagem ao tempo que corre por entre os nossos passos, acelerados pelas minhas correrias e acalmados pelo calor de uns dedos que percorrem, devagar, ondulantes, electrizando, cada ínfimo lugar de mim.
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É esta a minha mensagem de abertura. O mote para a descrição do que já tem passado neste presente e cresce sempre.
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E, nas cenas do próximo capítulo, se puder reinventar a escrita na rodagem de um filme, vultos que se fundem.
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9 de janeiro de 2009

Foram dias que passaram, estes que talvez alguém tenha contado e descrito e lembrado por um motivo qualquer. Tantas conversas desinteressantes, cabeçalhos para povinho sem norte, gritos histéricos para vender jornais ou detergentes nos intervalos nos telejornais, direi melhor espaços alongados de noticiação de coisa nenhuma? Enfim, foram dias que foram sendo e até chegarmos a hoje, que também pouco falta para ser amanhã, rapidamente então nada mais do que uma lembrança ou nem isso. E não por vontade irredutível, nem psicose delirante de perseguições, antes por outro motivo qualquer que se perde nas horas da noite, mas que se bem onde repousa (ou pulula), serenaram as palavras, calou-se a tinta.
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Mas há meses a acontecer, daqui a nada. Uma vida assim-assim ou um pouco mais, ou menos, dir-me-á quem não eu, que espreita a capa dura de relatos por ser.
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Deito-me em minutos ao teu lado e num amanhã componho mais dizeres.
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