10 de dezembro de 2008

Alerta das letras

Há títulos, nomes, descrições, saídas, denominações e outras que tais de livros, que nos intrigam. Abrem as páginas por nós e puxam-nos para dentro, seja da história, seja do desejo de a saber de cor. Acontece muitas vezes comigo, ou melhor, as vezes bastantes nos livros suficientes. Nas prateleiras desgrenhadas e atoladas de literatura de todas as cores, sobretudo nas festividades que embrulham o andante num espírito de "leva contigo para alguém, sem saber porquê", continuam as pérolas que todo o ano brotam de alguma mão. Pérolas, ou para mim que não morro de amores por elas, mimos para a inteligência; essa que sente e vê e lê todas as linhas de todas as páginas do dia-a-dia. Na vulgaridade da gente banal e desinteressante, ovelhas em rebanho que não deixam no ar um simples porquê, pobres tristes, digo eu, recorro desta lembrança dos textos críticos, sentidos, chorados, ridos, alertantes ou apaziguadores que se deitam todas as noites no silêncio da livraria. Vão até lá. Espreitem. Vejam como há mais do que a estúpida existência que vêem às voltas em "xópingues" atolados.
.
.

.

.

5 de dezembro de 2008

5ten Dezember zweitausendacht

Conversas sem fim, frases que se terminam noutra voz, pensamentos que se vêem sem palavras tão-pouco balbuciadas. A nossa comunicação, se quiser explicar assim o nosso entendimento. A nossa ímpar forma de querer nada mais do que a companhia; essa que torna a noite menos escura, o amanhecer um abraço e cada dia uma esperança.
.
.

.
Nós.
.
.

1 de dezembro de 2008

Apontamento

Quando não se pode então mudar a vida, nem sequer mudar o que ela tem e não queremos, faz-se o quê? Lembrar a noite e um abraço durante o sono. Só isso. O resto aperta-me por dentro e dele de bom grado abriria mão. Construir um caminho por obrigação e, por trás da personagem, ouvindo a voz de ti sempre aqui ao pé.
.
.

.

.