Há dias e lembranças que vêm como hão-de ir, assim de repente, sem sequer se notar bem que estão por perto ou que é o tempo de sairem de cena. Há momentos desses, alturas em que se sente a falta daquele quê de pouca coisa ou quase nada, um qual sorver de vida que nos dava uma alegria imensa pelo simples facto de estar ali, ou de estarmos nós por perto para o apreciar. E depois há segundos transformados em horas de vazio, pontuado por acordes aqui e acolá, uma espécie de sons de músicas emergindo de um dentro de nós sem lugar certo, porém bastantes para tudo o resto valer a pena. Ah, valer a pena... Essa quase natural sensação de plenitude, até quando as páginas se viram sem querer, sei lá bem onde pára... algum nenhures perto de nada na fronteira de coisa alguma? Talvez, afinal é o que mais sinto no pensamento das gentes novas que sou e que vejo: um grande ponto de interrogação, desejos, anseios e... olhos postos noutro lugar. Que não este. Pena. Mas não é este.