26 de setembro de 2007

Noite que é

Pesadelos que roubam o sono, histórias impartilháveis que afastam o descanso e assim acordam um corpo de si inquieto, entre a noite e a madrugada. Sem calor nem frio. E sem noção das horas.
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Apenas então um vaguear no silêncio dos corredores, pressentindo a geada lá fora. Pálpebras pesadas que carregam o seu peso sem lamúrias e não cobrem as íris preocupadas. Com tudo. E com nada, talvez.
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Talvez mesmo apenas com nada, porque rapidamente se perde a percepção dos motivos, os das das insónias e aqueles dos acordares em manso sobressalto.
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Quando morrer, sobrará tempo para dormir.

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5 comentários:

jumpman disse...

Um nada quantas vezes mais pesado que qualquer outra coisa.
Um fixar o olhar no escuro esperando que os olhos finalmente se fechem um pouco rendidos ao cansaço natural.

Porque há noites em que não se dorme.

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Chris disse...

Dormir é uma perda de tempo...
...mas faz muita falta.

Sweet Dreams :)
Beijos

Anita disse...

Há noites assim..em que o sono não chega...em que a vida não nos deixa descansar! Mas é bom rendermo-nos ao cansaço e a um descanso merecido!

Anónimo disse...

Será que a morte é esse descanso que todos imaginam?
Fico a pensar por vezes no que temos de sofrer para morrer.
E se viver nos terrenos da morte for assim?
Será que vamos ter tempo para dormir?

O Profeta disse...

Saberás que um bando de gaivotas
Fugidas à fúria de alteroso mar
São pássaros perdidos do ninho
Que a bruma não deixa encontrar

Saberás também que o mar
Cavalga nas asas do vento
Em dias de forte tempestade
Aos olhos de um Neptuno atento

Bom fim de semana

Doce beijo