26 de julho de 2008

Guias

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Às vezes olho para as poeiras caídas no vidro, deixadas sobre a transparência e molhadas pelos chuviscos que caíram ao fim da tarde. Fico a vê-las cair devagarinho ao chegar de um vento fresco, estranho ao tempo e às horas destes dias.
Perco-me nos contornos do pó e descubro constelações sem nome sobre os telhados transparentes, pintalgados pelo orvalho, coloridos pela água que verteu do céu.
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E adormeço. Sem arrepios, sem ilusões, sem gente no sofá ao lado. Com a memória de um tocar de cabelos.
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4 comentários:

jumpman disse...

E assim, "desapareces" por uns momentos..

Ju disse...

um adormecer despido de ilusões, mas repleto de saudade...talvez?

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akima

Chris disse...

Olhando sem ver, pensando...

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Pedro Branco disse...

Vim aqui parar, por acaso. Para já, só para dizer que passei cá.