28 de agosto de 2008

Novas desta terra

Novo ano ou coisa nenhuma dessas, porque uns dias de Sol ou chuva ou temporal sem descanso, não mudam os números do calendário; aliás, nem estes transformam gente e lugares, portanto fique cada um com o seu 2008 que eu fico com o meu. Viaja-se, vêem-se corpos de todas as coisas, respira-se ar quente e toca-se a neve, quando meio mundo procura assar e queimar, que nem frango esquecido sobre a grelha. Contam-se quilómetros ao longo de espaços designados agora para percorrer, outrora apenas para serem descobertos. E volta-se ao ponto de partida, onde há geada de manhã, pontes escuras, gente de sempre - daquela que bem podia esfumar-se à passagem de uma brisa (como nos filmes, por exemplo) e da outra; da que nos aquece o ser. Volta-se ao ponto de partida e escrevem-se linhas de crónica do tempo e do lugar comum, sem que se perceba onde está o sentido do seu significado. Ou talvez não.
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5 comentários:

jumpman disse...

E regressa-se e descobre-se que tudo está igual.. Sem tirar nem pôr..

Chris disse...

cabe-nos tentar mudar para que tudo não pareça uma rotina...


Beijinho (:*

Jo disse...

Ás vezes, por mais caminhos que percorramos vamos sempre parar ao mesmo sítio...


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O Profeta disse...

Olá Maria José, para além dos teus textos gosto muito do teu chapéu...


Doce beijo

ivone disse...

é o tempo circular: parte_se e volta_se ao ponto de partida.
mas para que hei_de partir se não me apetece chegar?