26 de setembro de 2008

Parágrafo de história lida em cores ocre

Demorei a vir e a escrever, para poder chegar à conclusão com tempo e espaço, de que me fartei da estupidez e de tudo o resto que nada mais é do que isso mesmo. Saturei-me da perda de tempo em lugar nenhum e de ter perdido tempo com nada de jeito, perdendo a escrita, o gosto pelas coisas de nome que não digo. E perdi a paciência, os bons modos, sei lá. Não em conheço. Odeio a madrugada, detesto o anoitecer, abomino os entretantos. E nem um lugar de sossego me restou, ao fim de contas.
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Quero lá saber deste lugar.
E dos outros.
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6 comentários:

Chris disse...

Espero que esse desasossego desapareça rapidamente e te reencontres no teu espaço.
Por vezes temos mesmo que mandar tudo à m*rda.


*Um beijo!

Pedro Branco disse...

Às vezes também grito assim! Ou pior...

Brain disse...

Espero que...
seja apenas "retórica"!

Um (hoje especial) Beijo meu.

Afonso Faria disse...

Que seja intenso este teu estar, que seja genuíno, que seja fortificante!
Que bom ter-se a capacidade de optar, mesmo que nos pareça contraditória ou de rotura!
Bj

jumpman disse...

O retrato dos dias que passam todos iguais..

Conte Blog disse...

Ocre.
Diferente do grená da minha vida.

Os outros?
E, eu.

(E acrescento: Porque escrevo eu?)


Venho porque quero saber de mim. (Egoísta).
(E, dos outros, mas sem massar, se conseguir).

Mas reconheço, semelhante a um grão de areia, a minha importância no universo.
E a indiferença dos astros à minha pessoa.
Vida, feita só de luz, neste momento.

Vidas.

Dantes, cego e num tom de cinzento baço.
Agora de olho aberto e arregalado, receio o resultado de um recomeço de vida, que me gerou outros novos tons, avermelhados.

E agora, desincronizado no tempo.
Mas, com alguma semelhança, escrevo, com a profunda sensação de uma big mouth.
Água que me escorre pela pena, de verve perdida, de minhas palavras ocas, num outono de cheiro a fruta passada, de tanto tempo que escorreu pela clepsidra da vida.
Cheiro a mofo e a abafado.
Sem sentido e tonto.

Mas, por vezes, pasmo nas ligações de sentimentos, enlaçados na luz da labuta,tanto alva ou escura, dentro do meu dia a dia.
Podia dizer, fazes-me bem.

E, hoje,
Quero saber dos outros. E, menos de mim.