As preocupações sem rosto, nascidas de acusações vãs, verdadeiras pedras no assunto ou fim anunciado sem quererem ver o nosso príncipio, sulcam a expressão de ti. Vincam a pele, carregam o pensar sem se perder o brilho dos olhos. Esse, tão grande, tão lindo, tão mágico que fendia a noite fria em que os vi respirar curiosidade pela primeira vez ao meu lado. Deixam sinais invisíveis que sinto ao pensar-te.
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As preocupações que minguam o teu ser, latentes, escuras, estranhas à realidade e apenas de acordo com o que real se quer tornar, por algum motivo, por qualquer razão que desconheço e que somente povoam o imaginário de entes preocupadores, olho-as todos os dias. Fito-as de frente e questiono de onde vêm, porque vêm e teimam dizer em sorriso sardónico, vidas assim não se encontram; separam-se.
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E sabes o que lhes digo? Do fundo da minha irritante e intrínseca remunguice, pausadamente, sem medo de nós, sorrio. Basta. É tudo. Por que depois adormeço amparada por esses olhos do tamanho do mundo.
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