25 de setembro de 2006

Sem intuito de ser percebido


Tenho a cabeça cheia. Tão repleta de tudo e de tão pouco.
O coração bate com uma alegria estranha, um sorriso discreto com pena de uma dia se apagar, de ter que dizer adeus [embora acreditando que muito, senão mesmo tudo, do que o faz esboçar esse trejeito, para sempre permanecerá gravado a fogo e cravado a ferros]... tão apertado então que chega a doer... mesmo tendo-me ensinado a ciência que, afinal, talvez não seja sensível a esse ponto.

Obrigada.
Ouço baixinho uma voz vinda do nada.
Um timbre nascido entre pensamentos sem razão e razões sem motivo.

Porque basta esse agradecimento.
Uma gratidão e um respeito com início.

Porém jamais com fim [sentido].

3 comentários:

Anónimo disse...

Acho que o tempo que temos é suficiente para fazermos os outros felizes..

"O coração bate com uma alegria estranha, um sorriso discreto com pena de uma dia se apagar, de ter que dizer adeus(...)"
Não há que ter medo de dizer adeus, se o dissermos é porque lá terá que ser, mas até o dizer, bem é aproveitar o tempo (lá voltamos ao tempo.. O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto o tempo tempo tem! Felizes anos da primária :D)

;)

Jo disse...

ora aqui está um texto cujo sentido acho estar camuflado (posso estar redondamente enganada, o que é bem provável:P), o que o torna ainda mais delicioso.
eu gosto de imaginar o que passa na cabeça de uma pessoa quando escreve e, confesso, as imagens ou os sentimentos ou até os meros (e daí não tão meros assim!) pensamentos criativos que te fazem escrever assim, são muitas vezes para mim uma incógnita, pois o teu sentir é tão teu que eu o sinto na pele mesmo que não o perceba.É assim que eu vejo o que tu escreves. No entanto, o que este texto me fez pensar foi nas coisas que nos aconchegam o coração, que nos marcam profundamente,e que são tão dificéis de deixar com um simples adeus.

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jumpman disse...

Acho que é usual de vez em quando termos a cabeça cheia de tudo e de nada. E com isso o chegar de tantas questões, tantos sentimentos e concerteza alguns apertos..


"Porque basta esse agradecimento.
Uma gratidão e um respeito com início."

Sim, porque por vezes basta mesmo isso..

E há coisas que não são mesmo para serem percebidas, são tão nossas que porventura mais ninguém, ou quase ninguém as perceberia.

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