É tão triste. Sinceramente. E falam-me ainda em livros, em letras, em páginas escritas no calor de um instante inspirado ou no gelo de uma amarga memória [musa não menos valiosa, na realidade]. Para quê? Para quem? Para o meu eu? Para mim? Para que esse eu se sinta realizado? Talvez apenas para isso mesmo.
É tão triste ver gente de horizonte estreito, pensamentos limitados, desconhecimento total e completo do tanto que há para apreciar por essas ruas, vielas, casas, jardins, palcos improvisados, telas dispersas.
É tão estranho, no mínimo, admitir que tais mentes não vão além da novela das seis, das coloridas saias da Floribela ou do rímel de meninas construídas nesse evento de superior qualidade com nome de sobremesa de Verão [e que, supresa das surpresas (ou não), até entra em férias e recomeça as aulas quando o mundo real assim dita...].
Talvez por isso é que não admita, aberta e definitivamente, essa possibilidade. Quero crer que há mais além de tudo isso.
E que um livro pode fazer a diferença.
Ou um quadro.
Um lago no meio do nada.
Ou uma noite num recanto sossegado.
2 comentários:
Também gosto de crer que existe algo além de tudo isso. Que neste mundo cheio de pessoas com horizonte estreito e pensamento limitado, ainda existe quem veja além de tudo o que nos é "imposto" por uma sociedade cada vez mais alienada.
Difícil acreditar, sem dúvida, até porque essas pessoas diferentes normalmente são os "estranhos". E se for assim, que seja. Mais vale ser estranho e poder apreciar aquelas "pequenas coisas" como uma leitura, uma pintura, uma música ou seja o que quer que seja que nos desperta a atenção ao invés da programação que nos é impingida, como se fossemos todos autómatos.
E é uma pena. Que exista quem neste mundo não conheça uma banda como os Smashing.. É uma pena.. Their lost.
E sim, em comum com o meu dia, também a chuva. Mas também "One Fine Day", é o que quisermos que seja não é? ;)
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Felizmente existem pessoas que gostam de algo diferente de coisas tão futéis, uma das coisas que mais detesto numa pessoa é não gostar de ler..
Mas é o que também, cada um gosta do que gosta e viva o direito à diferença...
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