23 de novembro de 2006

To sleep or not...

Desilusão.
Apenas e só, desilusão.
Daquelas que tiram o sono sem ansiedade, sem dor especial, sem nada de nada.

As palavras perderam-se, caminhando errantes por ruas escuras e firias que adivinho lá fora, num lugar desconhecido que existe, algures. Recusaram ser corpo do pensamento, deixando-o vazio de tudo, inexpressivo. Nenhuma tem já razão de existir para além da recordação de que um dia foram mais do que uma lembrança.

As ideias perderam o brilho da novidade e nada mais são do que vestígios esbatidos de "Eurekas!" sem sentido, varridas pelas lágrimas que caem do céu, das nuvens que ninguém vê na escuridão mas que todos acreditam pairar lá no alto.






E ficou apenas e só, desilusão.
Daquelas que tiram o sono sem ansiedade, sem dor especial, sem nada de nada ou qualquer coisa menor.

Resta a ausência em si e por si. Em redor, somente um arrepio sem emoção. Uma réstia de imaginação sem futuro e de presente ausente.
.
Porquê?
.
Simples: desilusão.
Apenas e só, desilusão.
Daquelas que tiram o sono sem ansiedade, sem dor especial, sem nada de nada e com tudo para deixar pesadas as pálpebras esgotadas.

2 comentários:

jumpman disse...

Por vezes um sentimento assim toma conta de nós. Aparece sem darmos conta e fica dentro de nós. Até quando, é sempre uma incógnita. Só podemos esperar que a desilusão dê lugar ao crer e à imaginação que desapareceram por instantes.

E esperar que o próximo dia seja sempre melhor que o próximo. Mesmo que esta chuva ajude tudo a ficar ainda mais cinzento. Mas quem sabe se nesse cinzento que dá cor aos nosso dias, não esteja uma luz necessária.

***

Jo disse...

E a desiluão dói, é daquelas coisas que deixa uma marca dura e possivelmente irreversível....não lido muito bem com desilusões, defeito ou talvez seja só mesmo feitio:(

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