23 de novembro de 2006

Perdidos e achados

Será que ainda anda por aí?
Procurei mas não encontro. Levantei os tapetes poeirentos, revolvi a terra dos vasos secos, sacudi todos os panos que servem de cortinas improvisadas às janelas empenadas. Olhei, até, bem lá no fundo, sob as tábuas bichentas do chão. E nada. Nem a mais pequena pista.
Desci à cave esquecida, na vã esperança de ver com nitidez na escuridão bafienta.
O sótão? Revistado com a lupa do detective dedicado. Mas outra e outra vez, nada.




Perdeu-se.

3 comentários:

jumpman disse...

Talvez não esteja perdido. Talvez esteja no sítio mais óbvio, como é comum quando pensamos que perdemos algo.


***

Délio Melo disse...

Mesmo debaixo do nariz?!

Jo disse...

Talvez seja daquelas coisas que não querem ser encontradas. Que se escondem de tal maneira que não as pudemos ver. Talvez seja uma daquelas coisas que só vai ser encontrada qaundo ela quiser. Não sei.

[Os teus textos deliciam-me]

***