20 de março de 2007

That's it

Um brilho tão intenso nas janelas azuis do pensamento, uma serenidade tal nas palavras [porém adivinhando-se, talvez apenas eu, acredito, um medo secreto que não vou dispersar por aí], uma sensação transbordante de valor, que me deixaram em suspenso, uns instantes [muitos, aliás]. Do sono descansado durante anos à distância de mim de uma parede, ao perseguir de um sonho. Mais, à busca da real ambição; sem fanatismo, sem atropelos, sem falsas esperanças, tudo me inundou ao ouvir, ver e sentir aquela Pessoa. E, por tudo isso, creio, merecedora de lembrança de Alguém...
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Naquele azul retinto do olhar [sorte ou enguiço que partilhamos] revi o tempo que passou; as decisões difíceis, as vitórias, as derrotas, as esperanças e toda uma realidade pautada pelo respeito e pela cumplicidade verdadeira [e muito além daquela que os laços de sangue que nos unem, poderiam, por si só, fazer nascer].




Agora que o seu corpo dorme, [tranquilo, fatigado pela viagem mas quiça um nada retemperado pelo sorriso com que o viram chegar na casa em reboliço, vinha ainda longe,] de novo e por tempo escasso do outro lado da parede, esqueço o que podia eu ser ou querer. Perdi já tudo isso e tenho apenas a ambição de que lhe não retirem aquele brilho e o deixem voar.
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4 comentários:

Anónimo disse...

Minha amiga,
Só posso dizer simplesmente o seguinte:
- Belíssima escrita a tua, clara e com uma simplicidade de leitura mas ao mesmo tempo uma descrição fraseada sem igual, adorei.
Ainda bem que existem pessoas como tu neste mundo e que as podemos conhecer através da blogesfera.
Beijitos
Maria

stela disse...

Lindo o teu texto... que escrita tão sentida. Transportaste-me para longe... muito longe...
beijinhos

Jo disse...

Simplesmente sentido.

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jumpman disse...

Esse desejo, tão simples e no entanto tão forte, pode ser uma ajuda importante para quem vemos a tentar perseguir os seus sonhos.

Nunca será o suficiente é certo, mas pode ajudar, nem que seja a trazer a mais um sorriso a uma face, já de si crente ou mesmo descrente.


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