Lutando para não me afigurar arrogante, digo-te, orquídea brilhante que me olhas do teu vaso quente, demiti os vultos do passado que [quais eleitores falecidos] apenas engrossavam uma falsa crença de companhia.
Concluí da distância que nos separa, da ausência de espontaneidade nas conversas, da impossibilidade de falar com sinceridade, logo afirmando a mim própria o fim de muito tempo de engano. As pessoas não são todas boas, o que fazemos por sentir [e não por obrigação ou segundas intenções], são letras ordenadas apenas nos instantes de oportunismo de gente que vemos nesse então como diferente.
Concluí da frieza dos sentimentos hibernantes e ainda julgados vivos.
Concluí da necessidade de cortar com o que mais não foram do que rostos que comigo se cruzaram, de mim retirando a força nos instantes de dor, o sorriso quando apenas isso os fazia, também a eles, sorrir, ou um ouvido silencioso nas horas de desabafo.
Vi, no fundo, ter muito pouco que partilhar e ainda menos com quem fazê-lo. Só que ao invés de revolta e choro, apenas uma mágoa oriunda do tempo perdido pressenti ao fundo do corredor principal do meu Eu. Por saudade? Por desgosto? Talvez por desilusão. E porque as pessoas não são todas boas, o que fazemos por sentir [e não por obrigação ou segundas intenções], são letras ordenadas apenas nos instantes de oportunismo de gente que vemos nesse então como diferente.
Olhando o teu caule hirto, crescendo em direcção ao Sol que aquece as vidraças, confesso-te o que nenhum outro animal ouviu. Partilho contigo, para que cresças sabedora das histórias dos Homens, das voltas que as suas vidinhas dão [ou que eles pensam ver quando rodopiam sobre si próprios nos calcanhares] que dos companheiros de caminhada nem um agora conhece o timbre da minha voz, embora possa saber como me chamo. Pena? Já não a consigo sentir.
Prefiro então seguir o caminho que corre sob os meus pés sem essas autênticas memórias distorcidas, aqui e além parando para conversar contigo.
Concluí da distância que nos separa, da ausência de espontaneidade nas conversas, da impossibilidade de falar com sinceridade, logo afirmando a mim própria o fim de muito tempo de engano. As pessoas não são todas boas, o que fazemos por sentir [e não por obrigação ou segundas intenções], são letras ordenadas apenas nos instantes de oportunismo de gente que vemos nesse então como diferente.
Concluí da frieza dos sentimentos hibernantes e ainda julgados vivos.
Concluí da necessidade de cortar com o que mais não foram do que rostos que comigo se cruzaram, de mim retirando a força nos instantes de dor, o sorriso quando apenas isso os fazia, também a eles, sorrir, ou um ouvido silencioso nas horas de desabafo.
Vi, no fundo, ter muito pouco que partilhar e ainda menos com quem fazê-lo. Só que ao invés de revolta e choro, apenas uma mágoa oriunda do tempo perdido pressenti ao fundo do corredor principal do meu Eu. Por saudade? Por desgosto? Talvez por desilusão. E porque as pessoas não são todas boas, o que fazemos por sentir [e não por obrigação ou segundas intenções], são letras ordenadas apenas nos instantes de oportunismo de gente que vemos nesse então como diferente.
Olhando o teu caule hirto, crescendo em direcção ao Sol que aquece as vidraças, confesso-te o que nenhum outro animal ouviu. Partilho contigo, para que cresças sabedora das histórias dos Homens, das voltas que as suas vidinhas dão [ou que eles pensam ver quando rodopiam sobre si próprios nos calcanhares] que dos companheiros de caminhada nem um agora conhece o timbre da minha voz, embora possa saber como me chamo. Pena? Já não a consigo sentir.
Prefiro então seguir o caminho que corre sob os meus pés sem essas autênticas memórias distorcidas, aqui e além parando para conversar contigo.
10 comentários:
Porque infelizmente é mesmo assim, damos o melhor de nós e depois apercebemo-nos da triste realidade.
Que as pessoas não são mesmo todas boas.
"People just ain't no good
I think that's welll understood
You can see it everywhere you look
People just ain't no good"
***
«Vi, no fundo, ter muito pouco que partilhar»-deve ser muito mau porque me soa a qualquer frustração...
«e ainda menos com quem fazê-lo.»-parece-me péssimo por isolamemento do teu eu com o mundo...
«E porque as pessoas não são todas boas,» ainda não percebi o que é ser bom. É ser aquilo que os outros estão à espera?...É dar esmolas???, É caridade?, É o quê...
«ao invés de revolta e choro, apenas uma mágoa»... de vez em quando faz bem chorar...digo eu... que não choro já faz algum tempinho;)
«Olhando o teu caule hirto, crescendo em direcção ao Sol que aquece as vidraças, confesso-te o que nenhum outro animal ouviu.»- afinal existe sempre alguem junto de ti que estimula o teu mundo...
«nem um agora conhece o timbre da minha voz,» prefiro o da alma, e o teu é complicadamente bonito...
boa caminhada ;)
Minha amiga, nem as pessoas são todas boas, nem nós muitas vezes conseguimos descortinar à partida a verdade e a mentira que lhes vai na alma. Mas Ainda HÁ pessoas boas. É com elas que devemos contar e partilhar o melhor de nós. Jokitas.
Definir o que são pessoas boas está além do alcance das palavras. Talvez sejam aquelas que saibamos sê-lo sem muito procurar razões [mas estaremos viciados no juízo?], quer quando nos deparamos com elas, quer quando as recordamos no fim do caminho.
«quer quando nos deparamos com elas»-Não será empatia???
«quando as recordamos no fim do caminho.»-Não será saudade???
«descortinar à partida a verdade e a mentira que lhes vai na alma.»
Não será ser verdadeiro???...
E se formos essas coisas todas seremos bons???? Para quem? Ou seremos gostados?
Estou cheio de dúvidas...
Aqui fica renovado o meu desejo de boa caminhada... ;)
Óptimo.
Dúvidas precisam-se.
São sinal de vida.
Bem... sinceramente, eu não tenho as pessoas em muito boa conta!lol! Não é que me dê só com animais, mas a questão é que o ser humano tem em si uma forte tendência, desconhecida por alguns, para gostar de ver os outros sofrer. Existem pessoas que precisam de ver os outros mal para se aperceberem que estão bem, nem que para isso tenham que ser elas a praticar a tal maldade ou simplesmente ignorando a necessidade de apoio alheia! Essas pessoas além de más, são fracas! Mas assim como nem tudo são rosas, também nem tudo são espinhos, e só um ser que não seja minimamente social se escapa disso!
Smile ;)
Nesta caminhada pela vida encontramos tantas pessoas. As pessoas boas, ainda as há; podendo ser cada vez mais raras. É nessas que encontramos o apoio, o carinho que precisamos e que retribuimos. As outras passem bem...
Bjs!
Mas parece que com elas vou ficar
:(
!
Ainda existem pessoas boas.. mas as más, ás vezes demoram a revelar-se.. e assim se convive com o Lobo Mau pensando tratar-se de um cordeirinho ...
Bjo Fabi *****
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