12 de junho de 2008

XXX-IV

Não tenho assim nenhum cansaço dos olhos, nem das mãos nem das pernas nem de sítio nenhum do meu corpo. E da cabeça tenho o conhecimento que está acordada e não dorme. Não tenho assim nenhum sono especial. Nem de outro tipo qualquer.
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E então neste não ter, conto a história de um dia que já é pelas horas do relógio, mas que só se diz que nasce quando as elas passarem um pouco mais e o Sol se vir lá fora. Não conto tudo; afinal, são já um punhado de dias acontecidos e poucas as linhas que conto encher de tinta. Conto a imaginação de um desses dias, um desejo, o como seria bom.
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E seria bom ter sono e dormir.
Acordar e respirar o Sol e o calor.
Sentir os sorrisos ao fim do dia, ler a adoração num olhar encontrado entre esses tradutores da linguagem da alma, deitar a cabeça sobre o peito de coração atleta e deixar chegar outro sono.
Acordar e ser...
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Não tenho sono nem vontade de ir dormir. Fecho os olhos e vejo o pequeno sorriso que, por momentos e isolado do mundo, não esqueço. E tento dormir. À falta do resto. Até do sono.
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3 comentários:

jumpman disse...

Seria tudo perfeito.. Simples e só..
Perfeito.

O presente ideal. O mais apetecível..

***

ivone disse...

tanto não ter...

tendo tanto.




bj
.i

Idiota disse...

uhm...