16 de setembro de 2006

Old piece of paper

As palavras que se dizem, os gestos que nascem do nada, os olhares perdidos e penetrantes, os calafrios na madrugada, um tombar de pescoço nu. Um toque fino, lento, tacteante, quente, arrepiante. De dedos seguros em mão ondulante? E de lábios macios, gentilmente percorrendo a pele que os convida, aqui e além esquecendo que sequer pertencem a este mundo e tornando-se flechas de um qualquer mundo etéreo, arrebatadoras e absorvendo toda a vida que tocam.
Um rasgar de tudo e abrir de nada. Um momento de esquecimento.
Um perfume que se funde com cada fio de cabelo, recanto de pele ruborizada, roupa desnecessária. Um aroma que deixa de ter dono. Porquanto já não é de quem o trouxe . Mas de quem o roubou.


Porque, vídeo e música, falam baixinho ao meu ouvido

Aqui,

agora,

ao (re)escrever,

ao respirar.

Coldfinger - The Beauty of You

3 comentários:

jumpman disse...

I stand, so close,
enough to see your dreams in the beauty of you



Esse vídeo.. Essa música..

A cumplicidade entre ambos juntamente com a música como fundo, é suficiente para me causar um arrepio (e que arrepio..), sobejamente conhecido e que pede para sair por cada poro do meu corpo.


"Um aroma que deixa de ter dono. Porquanto já não é de quem o trouxe . Mas de quem o roubou."

***

Anónimo disse...

desejo. às vezes o corpo não chega.

***

Anónimo disse...

Reocrdações? Velhos pedaços de papel? Nunca mais se vão embora, atormentam-nos e enlouquecem-nos.
A unica forma de as fazer desaparecer é criar mais e mais e mais e mais recordações, para depois voltar a lembras-las e... Bem já percebeste...

***