É.
Foi mesmo.
Outra noite.
Entretanto acordei. Não chovia nem havia nuvens dignas desse nome lá em cima. Na verdade, apenas avistava um nevoeiro estranhamente quente quando perdi o olhar encostada àquela porta de vidro transparente.
Era uma manhã igual às tantas que tinha já sobre os ombros. Ouvia alguma coisa, algum ruído conhecido, alguma voz distante? É bem provável que sim, mas não há memória desse momento, igual, afinal, a tantos que pesam também sobre as costas tristemente curvadas. Curioso que ninguém as tivesse ainda visto e tentado, até, endireitar. As pessoas andam distraídas. Deve ser isso. Só pode ser isso.
Outra noite.
Entretanto acordei. Não chovia nem havia nuvens dignas desse nome lá em cima. Na verdade, apenas avistava um nevoeiro estranhamente quente quando perdi o olhar encostada àquela porta de vidro transparente.
Era uma manhã igual às tantas que tinha já sobre os ombros. Ouvia alguma coisa, algum ruído conhecido, alguma voz distante? É bem provável que sim, mas não há memória desse momento, igual, afinal, a tantos que pesam também sobre as costas tristemente curvadas. Curioso que ninguém as tivesse ainda visto e tentado, até, endireitar. As pessoas andam distraídas. Deve ser isso. Só pode ser isso.
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Começava outro dia do ano civil [pelo menos para quem acorda àquela hora. Para outros tantos, podia ser já o fim das horas de vigília.] e era preciso agitar as ideias, refrescar a cabeça, ligar a ignição e começar a pensar. E pensar a sério, porque durante o sono... o pensamento foge, esconde-se, brinca com a inteligência, prega partidas à razão e à fantasia também.
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Era uma manhã igual às outras e começava um novo dia como previa a ordem das coisas... Engraçado, para onde foi esse dia? É já noite outra vez.
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Está escuro lá fora. É hora de fechar os olhos e deixar a fantasia regozijar-se com as brincadeiras que [agora] preparou para a razão e para o pensamento rebelde, matreiro [qual raposa na clareira]. Afinal, é assim que nascem os sonhos [e os pesadelos, já que falo disto].
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Queres brincar também? Olhar bem lá no fundo de não sei bem onde e tentar perceber onde está escondida a inteligência, onde dança a ilusão e se perde a razão num poço de fantasia?
Não sei se é possível.
Nem eu sabia que era assim que se vivia durante o sono.
1 comentário:
E o importante é em cada manhã, haver esse agitar de ideias e frescura de mente. Porque se também é bom termos o pensamento a fugir durante o nosso sono, melhor ainda é vê-lo a regressar ao acordarmos.
E esse passar das horas é inevitável, umas vezes mais lento, mas sempre inevitável.
Vamos brincar então? Fechar os olhos e deixar a fantasia tomar conta de tudo?
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SonhoVivendo ;)
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