A gente tem sabor.
.
A gente tem um gosto especial, único, diferente. E em toda a gente há o paladar para o descobrir, o desejo que o aguça e a arte para aperfeiçoar esse sentido [não um sexto; apenas um dos cinco tradicionais, porém, tristemente, tantas vezes esquecido do sentir do gosto da gente].
.
Qualquer gente, de qualquer cor e passado, tem um sabor que a distingue na multidão naquele momento de recolhimento em que o dá a conhecer, como que por magia.
.
Não é um sabor doce nem amargo. Não lembra chocolate nem especiarias de outras paragens. Não tem data de validade nem se esgota num piscar de olhos. No entanto, está lá. À espera. Pacientemente aguardando ser apreciado, recordado, sentido por entre o perfume [verdadeiro acrescento superficial deveras aliciante...] e o olhar que dispersa a atenção.
.
Eu lembro o sabor da gente. Como o seu perfume. E o seu olhar.
Benção.
Pesadelo.
2 comentários:
São sabores que não se esquecem, sejam eles benção ou pesadelo.
***
são sabores que marcam momentos, épocas e sonhos.
***
um beijo.
Enviar um comentário