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Aquela serenidade que é preciso não perder. Aquele desequilibrado equilíbrio que impede que caia do alto do arame… e que há tanto não dizia “estou aqui, pensavas que abandonava este lugar estranho?”, começou a gritá-lo baixinho. Num brado abafado porém ouvido no silêncio de um ruído de fundo constante, voltou a ecoar. Magia? Feitiçaria? Encantamento? Maldição? Necessidade, talvez. Em vez de tudo isso.
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Pressenti-lo, chegando cada vez mais perto, imiscuindo-se por entre ideias confusas, pensamentos contraditórios, sentimentos fundidos, emoções distorcidas, sensações duvidosas, inteligência vacilante, alma dorida enfim, quase reconhecendo o perfume da calma incondicional de que se reveste, está para lá da descrição inteligível; linguagem alguma consegue moldar o mais complexo dos pensamentos que tente criá-la.
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Porque não se explica. Vive-se. Pressente-se chegando. Arregala-se os olhos na tentativa de distinguir os seus primeiros contornos. Recebe-se de sorriso contido. Porque é tudo quanto se quer para olhar de frente o horizonte e se ser quem se quer. Onde e como se quer. Porque é quanto baste, logo desejo antigo, ambição gananciosamente perseguida.
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Pressenti-lo, chegando cada vez mais perto, imiscuindo-se por entre ideias confusas, pensamentos contraditórios, sentimentos opostos, emoções distorcidas, sensações duvidosas, inteligência vacilante, alma dorida [vertendo lágrimas de pedra aqui e além, negando dizer porquê]. Recebendo esse descanso do corpo e mente com sorriso contido. E observando em redor. [Porém]
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Mecanicamente inerte, sem saber já que é feito da subtil arte do silêncio e/ou da palavra, contemplando, do alto da cadeira almofadada, qual liliputiano recostado em poltrona de Golias, a dor. A dúvida. A súplica. A incerteza. A ferida. A confusão. A interrogação. A mágoa. Tudo e nada num rosto sem olhar. Então perpetuando a dor. A dúvida. A súplica. A incerteza. A ferida. A confusão. A interrogação. A mágoa. Tudo e nada num rosto talhado pelo sofrimento. Ferindo e deixando cravada a dor. A dúvida. A súplica. A incerteza. A ferida. A confusão. A interrogação. A mágoa.
Tudo e nada.
Naquele rosto.
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08/'06
7 comentários:
Às vezes, eu também prefiro o tudo ou o nada ao meio-termo, o sorriso idealista à lágrima realista, o silêncio à palavra. Às vezes, e só às vezes.
O momento faz o sentimento.
Letícia
"Tudo e nada.
Naquele rosto."
Fico-me por estas duas linhas.. Porque essas simples palavras dizem muito.
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A minha admiração por ti não para de aumentar...!
Doce beijo
Sublinho as palavras do "O Alquimista".
O amor...
Algo muito complicado...
Amamos quem não queremos
e não amamos quem devemos...
Se o procuras não o encontras,
se o evitas das de caras com ele...
Umas vezes é longo mas muito calminho,
outras é curto mas muito intenso...
Chega sem avisar e
vem sempre para ficar...
Não quer saber se é bem-vindo nem
dos estragos que fez ou que vau fazer...
E por mais que estejas preparado,
consegue sempre surpreender-te...
Não faz girar o mundo mas
faz valer a pena que o mundo gire...
O amor é algo que...
Simplesmente acontece...
"Aquela serenidade que é preciso não perder..."
Será o grande segredo de uma vida vivida com harmonia? Vou tentar perceber, aplicando o necessário equilíbrio desiquilibrado!
Tens uma força imenssa dentro de ti; és muito forte! A serenidade estará sempre em ti! :)
Bjs!
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