13 de junho de 2007

Pausas de nada

Mendigar, pedinchar, suplicar por um presente, uma lembrança, um brinquedo de criança ou consolo megalómano de gente grande. Não, não consigo. Não, não acontece. Não, não faço por ser de outra forma.
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Ter de tudo, ter tudo; ter sempre, ter quando quiser; ter. Sempre foi assim. Sempre tive.
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E, no meio de tantas pertenças deste mundo e daquele que se sente e não se toca com as mãos, apenas peço, baixinho, para mim, quando apenas alguém lá em cima escuta, um presente.
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E quando o não receber...
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Dá-me um abraço. Não diminui a dor. Mas ajuda a que os olhos se fechem, por momentos. E fujam. No silêncio de um instante eterno. Naquele silêncio.
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"O silêncio da cumplicidade, quando,
de um lado para o outro da sala
povoada de pessoas sem cara, um olhar, um gesto,
um sorriso dizem tudo"
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[Francisco Pinto Balsemão]

7 comentários:

jumpman disse...

Um abraço num silêncio único. Ajuda, sem dúvida.

***

Someone's been reading. ;)


Ahh.. Feist :)

Chris disse...

Um abraço... um gesto tão simples, e pode causar tanta diferença num momento.

Gostei da tua foto ali embaixo eheh

Bjitos e um Abraço forte (:

Idiota disse...

Palavras interessantes...

Alma Nova ® disse...

Não existe qualquer Ter no mundo que suplante a riqueza do Ser...e aí o tal abraço, na cumplicidade do silêncio, torna-se o melhor e o maior presente de todos. Jokitas.

Anónimo disse...

Naquele silêncio em que outro tempo começa, a dor é a cor do teu calor. Naquele instante onde tudo começa e acaba conhecemos a verdadeira eternidade. A Vida.

Kolmi
Maria

MeninaLua disse...

e TAO BOm quando encontramos um sorriso no silencio!


beijO*

Angell disse...

Um abraço pode operar milagres; como um sorriso de esperança, em quem tanto precisa.

Bjs!