27 de julho de 2007

Há muitos dias, muitas horas,

alguém escreveu para que lesse e guardasse sem esquecer, que "há um centésimo de segundo do teu sorriso suspenso nos meus olhos". E não esqueci. Não olvidei nem perdi o rasto ao perfume das folhas, à cor da tinta negra, ao significado das palavras. Mais, ao sentido do sentimento.
.

Alguém escreveu e me ofereceu esta recordação para o futuro. Para os dias em que pensasse ter perdido o sorriso, aqueles outros sem brilho no olhar e tantos mais atormentados pela dúvida, a incertza, a quase entrega a nada ou perto disso.
.

Água em casa

.
Alguém escreveu, há muitos dias e muitas horas, muitos sóis e muitas chuvas, uma evidência que não queria que esquecesse. E se esqueci ou perdi o rasto ao sorriso, certamente jamais olvidei a escrita perpétua que um dia me ofereceu.
.

9 comentários:

Brain disse...

Maria José,

E quando tudo o demais nos falhar,
Temos sempre,
As nossas memórias.

Beijo.

jumpman disse...

Há muitos dias e muitas horas.
E a verdade neste momento? Simplesmente que esse centésimo muitas vezes se transforma numa fracção de tempo difícil de quantificar. E permanece na retina.

E que essa escrita te acompanhe, mesmo que um dia a presença física não seja uma presença paralela a esse registo que não perdeu e não perde autenticidade.


***

Cöllybry disse...

A memoria essa pervalece...

Beijo doce

Anónimo disse...

Uma imagem perdura pela eternidade da nossa vida, essa que mesmo de olhos fechados conseguimos ver...

Chris disse...

memórias ficam, imagens cravadas no nosso subconsciente para mais tarde serem acordadas por um momento, um instante, um gesto...
(:

Beijo grande

Sleeping Angel disse...

Sonho meu!
Utopia? Talvez!
Suspiro doce da alma...
Silêncio eterno.
Um crer, num querer impossível,
Retalhos de tudo o que não é!
Realidade inalcançavel,
Outra não tenho em mim.
Sonho... só meu!

Desejo inconfessável!
AMOR, mal-me-quer, bem-me-quer?

Lua, tu que me sussurras,
Ultima a abandonar-me, diz-me:
Amas assim como eu?

Alma Nova ® disse...

Há marcas indeléveis que perduram gravadas até ao fim do universo. Jokitas.

Idiota disse...

Creio que uma infinita recordação ou uma nódoa na alma, que jamais queremos apagar. É quase como um cair de gota de tinta que escorrego no nosso tecido de modo certeiro.

Idiota disse...

Queria ter dito escorregou em vez de escorrego.

E acrescento:


Talvez, coloriu a tábua rasa (da nossa ignorância amorosa) de forma harmoniosa.