8 de julho de 2007

Encosta

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Vou até ali, ao pé daquele horizonte. Ou pelo menos ao lugar mais próximo que consiga dessa linha próxima do infinito. Sei mais ou menos como lá chegar. Onde não há mais gente. Onde não há quem veja nem sonhe poder alguém sentar-se e ficar.
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Quero estar longe.
Para poder [não] perceber quem, o quê e como apertou assim o que tenho cá dentro; que nem nomear ouso.
Não quero gente.
Não quero risos que não sinto.



Vou até lá.
E não quero fingir.
Poder antes apenas perder-me na confusão que não se desfaz com palavras mágicas; nem com as outras.
E talvez escrever outra vez.
(D)Escrever a água salgada que agora só brota no silêncio de mim.
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7 comentários:

Anónimo disse...

Minha Cara Amiga,
os momentos de reflexão são essenciais, alguns teima em não os utilizar, pelo medo da solidão, ou não, mas de facto nada melhor que um minuto de silêncio, de reflexão e de repente tantas e tantas interrogações morrem e no lugar delas nascem as certezas.

Cumps.
Maria

o alquimista disse...

“O Alquimista” foi nomeado o melhor dos 7 bogues maravilha após votação na blogoesfera, a imensa honra que me invade faz com que distribua esta honra por ti e todos aqueles que me visitam partilhando comigo esta Alquimia das Palavras.



Perdido no tempo o teu coração errante, alma desencontrada da oração, uma flor liberta na brisa uma semente, que secretamente a noite a recolhe na ausência de um coração.


Boa semana


Doce beijo

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

(D)escrever é essencial para reflectir, para nos afastarmos e reaproximarmos inclusivamente de nós mesmos.

(D)escreve. Acredita que faz tão bem.

Beijo.

markus disse...

“Tenho o coração granitado e fresco...Pintado pela noite…”
Um bom dia e boa semana ***

carpe diem disse...

"Não quero gente.
Não quero risos que não sinto.
Vou até lá.
E não quero fingir."

é o que quero também...

uma boa semana...

Idiota disse...

Tou numa crise de antipatia...

Isto parece andar mal para muitos.. concordo com carpe diem, ou seja contigo...
"Não quero gente.
Não quero risos que não sinto.
Vou até lá.
E não quero fingir."

Angell disse...

O silêncio, o estar só, para pensar e reflectir; ás vezes é mesmo o melhor... Podemos então encontrar certas respostas, soluções... :)

Bjs!