29 de agosto de 2007
Nova mensagem, vinda de ?
27 de agosto de 2007
Evasão de mim
22 de agosto de 2007
Recordações
Vagueei de novo por cidades e vilas, praias e campos. Ao Sol tímido, sob chuva fria ou sentindo na cara o vento agreste do Norte, perdi-me outra vez em terras (quase fora) deste mundo repletas de histórias por contar.
Deixei correr a tinta nalguns instantes, como que recuperando parte da minha existência.
Voltei ao sossego de lugares indescritíveis e à convivência de culturas díspares (mas complementares) das cidades grandes e das grandes cidades. Àquela mescla que alimenta esta cabeça sequiosa por mais. Sempre um pouco mais de diferença e conhecimento.
Reencontrei a coexistência de raças e crenças, mostrando a quem não acredita, que é possível sorrirem em conjunto e sofrerem em uníssono.
10 de agosto de 2007
Dentro em pouco
Vou desaparecer do lugar de aqui por um tempo. Voando sem asas minhas, espero chegar à morada dos castelos e paisagens de outras eras, esquecidas no tempo, vivas na memória das leituras, do prazer de conhecer o que foi e permitiu que o hoje seja assim.
Vou rumar a horas idas.
Regresso a esta existência.
Depois de ter partido de uma vivência diferente por instantes tornada real e... merecedora de silêncio. E cumplicidade.
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4 de agosto de 2007
No banco de café
Simplesmente está para lá do que possas querer. Está muito além dos dias que passas olhando para um céu sem fim, das noites que me dizes serem frias e sem sentido, das madrugadas em que, errante, te passeias sem rumo nas ruas estreitas da cidade escura, sem vida; ou sem a vida que queres que tenha ou sem aquela que conheces e não temes. Está tão fora o teu entendimento que nem tão-pouco arriscaria pensar que possas compreender que não sabes do que se trata. Já o tentei fazer. Imaginar. Fazer-me crer que poderias almejar esse saber. Ingénua forma de pensar essa que me tolheu o verdadeiro pensamento! Como me enganei! Como pensei que as subtilezas mais gritantes pudessem ser-te também evidentes! Só agora, neste banco de café, paredes meias com uma grande janela sobraceira à cidade em reboliço, dou a mão à palmatória e decido decididamente e sem dúvidas, que sei muito mais dessa tua ignorância do que deste natural fumegar que se eleva da minha chávena, pendente entre dois dedos. E se assim é, para quê teimar? Insistir em quê? Em ser "não exactamente aquilo que queria"? (...) Vai ser de rompante. De enfiada, como diz o puto lá da rua. Fácil, difícil, doloroso, aliviante. Um misto de tudo, quem sabe. Ou mesmo nada disso. E então apenas o fruto natural de uma necessidade inexplicável, que deixará marcas de sangue um pouco por todos e cada um dos caminhos que for trilhando no teu encalce. (...)
Recuperado do caderno, Agosto/'06
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