29 de agosto de 2007

Nova mensagem, vinda de ?

Longe, mas também com uma proximidade incrível, porquanto nascida, da confusão e desalento da incerteza do ser e poder, adivinha-se a jamais perdida, se bem que por vezes abafada necessidade de deixar correr tinta; de dar corpo a palavras vindas de mundos irreais por força deste que se palpa a todo o instante e, só por ele, feliz ou infelizmente, passíveis de existir.
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Agora, que a frieza do tempo passado se impõe sobre os dias vacilantes, a mesma dor tem contornos diferentes. Não mais rombos e inofensivos, posto que, na essência, perdura no âmago do ser que era noutros instantes desaparecidos, para sempre. Talvez, isso sim, apenas contornos mais nítidos seja a descrição mais real.
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Agora, continuo dizendo, as mãos cedem de novo ao imperativo maior que as regeu desde que a memória se instalou, desfolhando folhas brancas de letras, sentindo o toque suave mas firme e único da caneta de sempre. Procurando tão-somente contar as histórias inacabadas de personagens de múltiplos rostos e feitos, ou de tantas e tantas invenções da imaginação educada na inteligência de um mundo nem sempre percebido.
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Perto, mas sem dúvida por vezes longe da realidade verdadeira e estranha que fere a vista, cantos de ideias e emoções assaltam a racionalidade e ganham vida em instantes de refúgio noutras paragens do pensamento fugidio. E desenham assim riscos e pintas em cadernos e folhas soltas, perdidas se o acaso as levar ao calor do fogo ou sabor do vento.
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Aqui, enfim, chegou outra vez a imaginação sentida. Pronta para argumentos anedóticos, colunas sarcásticas, romances a continuar na tua imaginação; nesse lugar onde tudo é possível, se o corpo a deixar vaguear um bocadinho. Nem que apenas, um bocadinho.
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3 comentários:

jumpman disse...

E que o corpo deixe a imaginação vaguear por tempo tempo indeterminado. E assim, mais uma vez, as páginas brancas tão despojadas de vida, mais uma vez ganhem uma essência permanente ou sujeitas a labaredas ou a desafios de tempos.


Dali :)


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O Profeta disse...

Desprendem-se gotas do azul na água
O tempo continuará a existir
Ávida terra de assombro
Vacilantes passos no partir

Manhã submersa de neblinas
A noite teceu seu manto
A agua na sua eterna viagem
Cobriu a ilha de pranto


Profético beijo

Angell disse...

E ainda bem que a imaginação reina em ti... :)

Que essas páginas soltas guardem esses pensamentos que te assaltam e te fazem interrogar; sobre o mundo em que vivemos e aquele que gostariamos (e que sonhamos acordados):))

"Nem que seja um bocadinho"

Bjs!