Summer Night, Dali
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Adormecerei sentindo ainda o respirar sereno, sussurrando num abraço um fica ao meu lado que não precisa ser pensado, quanto mais falado na voz dos mortais.
Cairei na cama escutando o silêncio lá fora, nem sequer perturbado pelos animais da noite ou um bafo de vento rebelde. Apenas, escuridão e silêncio; aqueles companheiros do sono e da falta dele, contando as histórias que conheço de cor e tantas outras vindas do futuro esbatido, ali mesmo, ao dobrar da esquina.
Tomar-me-á a necessidade de dormir, até novamente olhar os números no relógio e ser tempo de levantar o corpo e acordar a nunca dormente cabeça mergulhada na almofada horas antes.
Em poucos minutos, apagar-se-ão as luzes suaves do quarto, os perfumes ganharão nova vida na penumbra, os sulcos deixados por lágrimas fugidias cravar-se-ão mais fundo na pele, fundindo-se com o rosto inquisidor de sempre, e a música que agora canta baixinho ao ouvido, cessará de ecoar. Talvez perdure uma oração sem nome, até desaparecer a força que mantém ainda abertos estes olhos contadores de tudo e guardiões do absolutamente impartilhável.
4 comentários:
Obrigado pela dica, se fores ler agora, talvez compreendas. Quanto ao teu post achei-o singular, sofrido, talves
jnhs ;)
Que seja então um bom adormecer e um ainda melhor sono.
Sereno como deveria sempre ser e quem sabe acompanhada de um abraço, que poderia ser tão real quanto a vontade de o dar e ter.
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Tive uma noite TÃO parecida...só não sabia como a descrever.
um blog com substância!
abraço maria
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