5 de fevereiro de 2008

Quente

Ainda sinto o cheiro a chocolate. Como que ainda vejo brilhar à meia-luz, deslizando lentamente, em fio, um quase líquido que enchia o espaço de um aroma quente, subindo no ar e queimando. No fundo, ainda os meus dedos lembram como um perfume se transporta e oferece, vivendo um momento que agora sabem que já foi; em sonhos recordando e recriando os instantes que passaram, foram, acabaram e deles apenas ficou um frasco arrumado a um canto.
Fico agora com um outro momento, que pouco me diz. E não quero escrever como é.
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8 comentários:

Alma Nova ® disse...

Momentos, instantes, marcas que não se apagam...e que nos chegam à memória, enchendo outros minutos que não queremos contar.

jumpman disse...

Momentos que fazem esquecer por instantes outros que povoam a nossa mente e dia a dia.
Momentos que ficam presos na mente, nunca esquecidos e à espera de serem reinventados e vividos novamente.

Idiota disse...

Pedaços de tempos ganhos em instantes de odores diferentes. Cada um (re)usa os que quer :).

Anónimo disse...

Uma chávena de chocolate quente...
Pensamentos de ausência, que se misturam no seu aroma, outras vezes sentimentos quentes que nos invadem numa onda de conforto.
Um chávena de chocolate quente, vida.

ContorNUS disse...

que delícia...

ivone disse...

viste o filme o perfume?
leste o livro?

imperdível!
bj

O Profeta disse...

Há momentos que marcam de forma indelével em suaves mas marcantes traços...



Doce beijo

Oliver Pickwick disse...

Felizmente há próximos momentos. E por certo será prazeroso escrever sobre ele, até tornar-se mais um frasco arrumado a um canto. Como a quase totalidade das células e dos átomos, a vida se recicla e os momentos sucedem. Não há como congelar nenhum deles.
Beijos!