17 de maio de 2008

Ponteiros

Não me digas que tens horas. Hoje, não as tenhas. Deixa lá fora o relógio, os ponteiros, o tempo que corre pela sua mão. Deixa longe de mim esse momento de partir; põe bem distante de mim a sina da ida. E não me digas que hoje tens horas. Não, hoje não. Esquece a outra gente, sê egoísta neste instante que agora é, mesmo que neste em que agora já escrevo, mais adiante na folha, tenhas que voltar à rectidão de Ser. Mas não me digas que tens horas. Leio todas essas palavras nesses teus grandes olhos que me fitam... só não consigo que os meus ouvidos escutem o que outros sentires já sabem. A hora em que as horas chegam e pronto. Fica o pouco e vai-se o muito.
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Deixa-me só dormir um bocadinho. Deixa-me fazer de conta. Deixa-me adiar o que não quero, não gosto, me incendeia de coisa nenhuma e... me faz sozinha.
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3 comentários:

jumpman disse...

Fica sempre o pouco e vai-se o muito nos dias que correm.
Fica a vontade de perpetuar os momentos e criar novos a cada instante.

Fica sempre o pouco..

MeninaLua disse...

Eu deixo. :)

beijinho*

Shelyak disse...

Não tenho deixado meu rasto por aqui mas tem sido passagem obrigatória... apenas não tenho deixado meu rasto..:(
Sabes que de há 3 anos a esta parte deixei de usar relógio? Uma revolta contra a Vida, diria assim; nada fácil, verdade, mas fugir a esta vida de rotina não é realmente fácil mas não impossível...
Tem sido muito muito bom....
Beijinhooooooooooooooooo
:)))