É assim meio estranho mas perfeitamente normal, tendo em contas os padrões que regem as pessoas e as cabeças que têm em cima dos ombros, sem outra utilidade que não a de... a de..., bem depois hei-de descobrir, que sejam, dizia eu, pouco interessantes e, no mínimo, ovelhinhas com medo do cão-pastor. Ora eu que gosto de olhar os cães no olhos e não tenho nenhum amor especial por ovelhas farfalhudas, deparo-me com a curiosa necessidade de com elas conviver. Nada de transcendente, no fundo, porque a igualidade sem diferença seria, no mínimo, enfadonha. Porém inconveniente, qual pedrinha no sapato que não mata mas mói. E porquê? Quase me escuso a tal esclarecimento deixar, porquanto a ironia da questão seria suficiente. Ainda assim ouso ir além dessa minha vontade e escrevo, preto no branco (ou noutro fundo qualquer, não sou bicromática), que me revoltam todos quantos se regozijam com bincadeiras de inferior valor ou posturas de inquestionável ausência de personalidade. E, dito isto, termino esta espécie de coisa nenhuma, sem dúvida mais do que agradada com a minha diferente forma de ser, pensar, falar, estar e querer. Cada um que pense agora onde mais se sente à vontade - se entre ovelhinhas, se na suposta elite da diferença. Porque elite é muito mais do que um adjectivo de revista cor-de-rosa; antes e sobretudo, o denominador comum de quem é por si próprio.
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